quarta-feira, 2 de abril de 2008

Depressive Game II

Para quem não vem por aqui há algum tempo (se é que já veio um dia), antes de ler este post, leia o de segunda-feira (24/03/2008). Lá comento sobre um jogo que chamou a minha atenção há alguns dias. Mas é AL-TA-MEN-TE recomendado que jogue o jogo antes de ler isto. Sem trapaça, malandro. Vai lá, eu espero.

____________________________________________________________________________

“Duplo-cliquei” sobre o ícone do jogo (se é que pode receber essa denominação). Um gráfico muito ruim, com uma musiquinha melancólica e de baixa qualidade. A tela, apenas uma faixinha em uma tela predominante preta. Logo de cara encontrei uma companheirinha pro meu “eu-virtual”. EBA! Mal começou o jogo e já me dei bem! Então comecei a explorar o cenário. Logo vi uma espécie de “baú”. Parecia algo bom, colorido e meio escondido nos blocos que compunham aquele mundo. Me empolguei ,mas logo me entristeci vendo que, na compania da minha mais nova esposa, não poderia alcançar o prêmio. Damn! Mal casei e ela já começa a me podar. Mas, bola pra frente. Logo achei outros que pude alcançar. E percebi que aumentaram 100 pontos no meu escore. Íu! Fui andando... eu e minha companheirinha. Estava ávido em conhecer todos os cenários que até então estavam “esmagados” no canto direito da tela. Mas eu procurava também um sentido pro jogo. Uma porta, um monstro ou um chefão para eu pular na cabeça até matar. Mas, nada... MEU DEUS! Os personagens estão ficando velhos. Oh Shit! Como que por reflexo, corri de volta pra esquerda. Não, não adiantou. Então, num ato de desespero, passei a buscar mais e mais os tais “baús”. Nada adiantava. O processo era implacável. Mais alguns passos e via meu cônjuge virar uma lápide. Poha, casei e fiquei viúvo em menos de 5 minutos. O boneco, que já não andava como na juventude, agora andava ainda mais capenga. Até, irremediavelmente, se igualar à companheira. Não me contive. Joguei denovo em busca de “fazer melhor”. Casei e apenas segurei o botão para a direita. Conheci vários cenários, mas não aproveitei nenhum deles. E o fim? IDÊNTICO!

Passage é impressionante. Traduz a vida em poucos pixels. É um tapa de luvas. Por mais que casar traga alguns incômodos, ninguém se abstém de unir-se e caminhar acompanhado. Se sozinho você tem mais liberdade, acompanhado se faz o dobro de pontos na caminhada. O jogador tem duas escolhas: ou correr desesperadamente a fim de conhecer o máximo de cenários, ou aproveita um a um buscando o máximo de pontos possível. Qualquer que seja a escolha o fim é o mesmo. Não há escapatória. E o sentimento de perder a companheira, mesmo que te atrapalhe, algumas vezes?! Horrível. No início do jogo você vê o lado direito da tela (o futuro) embaçado, no fim, vê a esquerda (passado). Em algumas vezes a esquerda fica toda colorida, em outras, fica com duas ou três cores, a depender das escolhas que faz.

A escolha é sua. Casar-se ou permanecer solitário. Correr atrás de viver o máximo de experiências ou aproveitar cada uma como se fosse a ultima. Manter-se em linha reta, ou embrenhar-se por todos os lugares. Procurar pontuar mais ou apenas caminhar mais. O importante é fazê-lo de maneira que não se arrependa, pois no jogo há quantas chances queira para tentar fazer diferente, enquanto na vida real não há “continue”, “password”, “retry” ou “reset”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vei, sinceramente, até pensei em baixar esse jogo ai, mas como eu tenho uma tendencia de viciar mto fácil nesses joguinhos eu preferi não!! ia tomar todo o meu tempo!!!