terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quando a chuva passar...

E a natureza mais uma vez manda seu recado. Os castigos em Santa Catarina são muitos e deixam triste e mais solidária a nossa pátria mãe gentil. Os donativos não param de chegar: roupas, comidas, água potável... A Imprensa não pára. Ás vezes parece que algumas pessoas torcem para que uma beirada de morro deslize só pra poder filmar com seu celular.

É triste ver as famílias sem casa, sem água, comida ou roupas secas. É triste ver os pais perdendo seus filhos. É triste.
Mas e o sertão nordestino? Ah, esse aí os brasileiros já estão acostumados a ver em sofrimento. Ninguém se importa se num município do interior do Pernambuco niguém tem água pra beber. Mas Blumenau de maneira nenhuma pode passar sede. A natureza vem castigando nosso nordeste há décadas e ninguém se importa. Nem a população, nem a imprensa, nem o exército nem muuuito menos a Região Sul, que sempre viveu embebida numa presunção nojenta de que são melhores que o restante do Brasil. É irônico ver os sulistas agora precisando de ajuda de todo o país. De um país que muitas vezes nem quis fazer parte, diga-se de passagem.

É bonito ver o país tocado e solidário com os catarinenses necessitados mas quando o sol raiar naquelas bandas todo mundo voltará a seus mundinhos e as populações ribeirinhas do norte continuarão a viver na miséria, os nordestinos continuarão a beber água suja e comer farinha se quiserem sobreviver, as crianças mineiras do Vale do Jequitinhonha continuarão desnutridas morrendo à míngua...
Será que, em outubro, Blumenau reverterá o lucro da Oktoberfest em donativos aos necessitados? Façam as suas apostas. Eu aposto que não.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Muito louca essa coisa de dormir todo dia, como um celular pra recarregar a bateria...

Muito louco esse negócio de beijar na boca, ficar passando uma língua na outra...

Muito louca essa parada de cérebro da gente... uma caixa com um sem-fim de espaço para guarda permanente...

Muito doideira essa coisa de amar... não saber se é na cabeça, no peito ou em ooouutro lugar...

Muito estranha essa parada de morrer, e aquele livro que não terminei de ler?

Muito esquisita essa coisa de matar, e aquela conta que o cara tem pra pagar?

E aquela coisa dos nossos pais? Será que eles fazem o que todo casal faz?

Nesse assunto, ninguém se mete... Prefiro crer que pararam em 87.



kkkkkkkkk Que bobagem... o que a ociosidade não é capaz de fazer...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

E na repartição...

A maioria nem sabe que feriado é esse de terça feira que acabou indo pra segunda... É feriado e isso que importa. Pois bem. No dia 28 celebramos o dia do Servidor Público.

Ser servidor público é, talvez, sonho de 10 entre 10 candangos. Também pudera, numa cidade onde mais da metade dos maiores de idade são servidores, o que se quer é se juntar a essa massa e amarrar o burro na sombra. Mas, peraí... Não era pra ser esse o pensamento. E aquilo que se estuda de moralidade administrativa, eficiência e tudo mais? De onde vem o termo “servidor”, se não do verbo “servir”, afinal?

É triste ver que muitas vezes esses conceitos ficam somente nas salas de aula lotadas dos cursinhos e nos discursos demagogos dos governantes. Isso não pode e nem deve continuar assim! Todos odiamos ir a uma repartição pública e lidar com servidores desidiosos, e quando temos a oportunidade de mudar a cara do Estado nos infectamos com essa mesma desídia.

Numa empresa particular a idéia é agradar o patrão. Ou, pelo menos garantir que não chegue aos seus ouvidos reclamações sobre você. Tem-se a idéia que o servidor não tem patrão. Pagamos dia após dia os “salários” de todos aqueles que são pagos para nos servir. Somos os patrões, ora bolas.

E o que fazer? Os clientes, o mesmo que se faz em qualquer lugar: não se calar e meter a boca no trombone. Os futuros servidores, se embebedar naquilo que se aprende em sala de aula e fazer questão de por na prática tudo aquilo que é tão bonito na Constituição e na 8.112. Os já servidores, não se deixar contaminar pelo comodismo da improbabilidade de ser demitido e servir a todos como gostaria de ser servido.

Se todos alimentarmos essa idéia que a principio pode parecer utópica, os policiais serão menos corruptos e mais eficientes, os médicos mais esforçados a atender com qualidade o maior número de pessoas, os técnicos e analistas judiciários darão andamento mais rápido aos processos, e assim por diante. Que todos percebam que passar num concurso público não é se aposentar mais cedo. Que o servidor público possa, um dia, ter limpa a sua imagem de preguiçoso e, enfim, merecer um feriado só pra ele.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Paciência de Jó

Devo mesmo estar ficando velho. Na idade acho que não, afinal duas decadazinhas passam num piscar de olhos, mas ando tão sem paciência ultimamente. Hoje fui fazer uns serviços bancários. Ando indo muito ao banco ultimamente – não que eu tenha muito dinheiro pra movimentar –, e descobri que ir ao banco é um exercício de paciência sem tamanho.

Se você vai ao caixa eletrônico, SEMPRE, mas SEM-PRE haverá um senhor que demorará 10 minutos pra conseguir achar a opção “Saldo em Tela”, mais 10 pra voltar na opção “Extrato Mensal” e mais uns 5 conferindo dia após dia do seu pequeno papelzinho ali mesmo, no caixa. E você ali atrás, com o calcanhar no chão e batendo a ponta do pé numa tentativa involuntária e frustrada de liberar sua energia e pressa. Ah, e se quase chegar a sua vez esse velhinho não aparecer, calma, ele chegará.

Agora se você precisa resolver seu problema no caixa normal (aquele sem ser eletrônico) ou com o gerente você tem mais um problema: a porta giratória. Tá, eu sei que é pra nossa segurança aquilo, mas me dá muito ódio quando ela pára e solta aquela frasezinha “deposite os objetos metálicos ou magnéticos blablablabla” (nunca fiquei pra ouvir o final da mensagem). Você deixa o celular naquela caixinha junto com 3 molhos de chaves, outros celulares, carteiras, calculadoras e afins... Volta e, CLAC, a porta trava novamente... Deve ser os 20 centavos que você tem no bolso. E, na terceira tentativa, CLAC. A vontade que dá é tirar a roupa, porque, quem sabe o zíper da minha calça esteja desautorizado a passar naquela bosta de porta giratória?! Mas aí, depois de 5 minutos e muito bom-humor perdido, vem um vigilante com a mão sobre a arma e pede pra ver a sua (minha) mochila. “Meu Deus... dai-me paciência.”. Quem esse cara pensa que é pra revistar as minhas coisas?! A vontade que dá é pedir pra que ele chame a polícia para revistar a mochila porque um curso de 6 meses no “Esparta” não dá a ninguém autoridade de revista não. E se uma mulher (ou até um homem) tiver um pinto de borracha na bolsa?! Ou uma cueca de oncinha?! Ou ainda um CD do Latino?! Tem que passar pela vergonha de mostrar prum cara que nunca viu. Mas você precisa entrar e quer, o mais rápido possível, sair dali, então você abre a mochila, mostra todos os seus pertences a um desconhecido e entra.

Você entra se forem 11:00. Porque se não você tem que esperar um estabelecimento que só abre no fim da manhã. Mas isso não é o pior. O pior é que abre às 11 e às 12 metade dos funcionários vão almoçar. E você fica ali, numa fila gigantesca, que, ao invés de aumentar para trás, aumenta para frente com mulheres que pegam filhos de outras emprestados, homens que levam a mãe idosa para fazer os seus serviços bancários, senhores que, para cantar descaradamente e olhar pra bunda da mulher da fila são garotões, mas pra pegar fila, estão definhando. E você ali, observando a cara de pau daquela mulher que realmente está grávida: de 3 MESES! Bicho, a minha mochila ta muuuuuuuuuuuuuito mais pesada que aquela barriga, que na verdade várias outras pessoas na fila tem uma igual, quiçá maior, só que sem ter um bebê dentro. Mas é assim, e se você reclamar capaz dela tirar o teste de farmácia da bolsa e te mostrar. Não tem jeito. Você tem que engolir tudo e esperar 50 minutos algum dos 2 guichês que estão funcionando (de 10 que deveriam estar) te chamar e depositar 50 reais numa conta, o que vai gastar 2 minutos.

Sofrimento... muito sofrimento... Felizes os que guardavam seu dinheiro no colchão...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Conspiração...

Uma dia desses fui tomado por uma súbita e inexplicável desconfiança.“To desconfiado...”. Mas desconfiado de que, afinal?! Não sei. Talvez eu esteja ficando louco... talvez isso seja inicio de uma paranóia... talvez só uma besteira... O fato é que parei pra refletir sobre isso e descobri que cons-tan-te-men-te estamos desconfiando de algo ou alguém. É como se, a qualquer momento, alguém pudesse te passar a perna. Não dá pra descuidar.

Você acorda de manhã e, ao pegar o pote de suco light na geladeira é tomado por uma forte e dominadora desconfiança: “será mesmo que esse suco é mesmo light ou a indústria só faz isso pra enganar os gordinhos que querem, a todo custo, emagrecer?”. Você, instintivamente, corre os olhos por sobre a embalagem altamente colorida e com letras minúsculas atrás de algumas calorias a menos. É; você terá que conviver com mais essa dúvida, porque antes mesmo que você se sacie já estará atrasado pro trabalho ou pros estudos.

No caminho, sua carteira, bolsa ou sei-la-onde você guarda seus documentos dinheiro e cartões de crédito, estão sob o banco do passageiro. E, é claro, que o vidro está fechado por que, sei lá, rola uma desconfiança coletiva quanto àquelas 135 pessoas que caminham de janela em janela nos sinaleiros, seja pra vender alguma bujinganga, seja pra te entregar um panfleto sobre “tarólogas do amor”, dar umas cambalhotas, ou pra pedir mesmo pura e simplesmente. “Aquela velhinha que se diz cega e manca não me engana... Está só esperando eu me distrair pra, VAPT, passar a mão no meu Ipod e sair correndo por entre esses carros”. Pronto. Aqueles minutos em que você está parado no sinaleiro são tensos e você desconfia de tudo e de todos.

No posto de gasolina você precisa conferir de perto pra ver se o safado do frentista está mesmo colocando o tanto de gasolina que você comprou. Além do mais não pode perder de vista seu cartão de crédito porque, no mínimo descuido, ele se procria e serão 5 cartões de créditos espalhados por aí para que você pague a fatura. Fora a forte desconfiança de que a gasolina foi adulterada por um magnata inescrupuloso afim de ganhar mais dinheiro às nossas custas...filhos das putas. Mas essa dúvida você, irremediavelmente, terá de aceitar e conviver.

E assim você passa todo o dia. Desconfiado de o flanelinha vai mesmo cuidar do seu carro (um serviço que você será OBRIGADO a aceitar por desconfiança que ele o aranhe todo com uma tampinha de garrafa), desconfiando da generosidade do seu chefe (“ai meu Deus, ele vai me demitir”), da Dona Lourdes da copa, do pimpolho de 5 anos da Cláudia que resolveu trabalhar com a mamãe mas ta louco pra futricar no seu computador, do Seu Pedro da portaria, que adora saber da vida de todos os condôminos e acompanhar pelas câmeras de segurança os passos de cada um... Enfim. Temos que desconfiar de tudo... até mesmo desse texto, que pode estar cheio de mensagens subliminares do tipo “deposite R$100,00 na conta corrente 23092-8 do Banco do Brasil”.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Vai fazer o que depois da novela?

60% dos europeus preferem futebol a sexo, diz pesquisa

http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/05/19/ult4432u1285.jhtm

Depois de ler a notícia acima somente uma frase martelou em minha cabeça: “Meu Deus, devo mesmo ser muito pervertido...”. Ou seríamos nós latinos que teríamos um pouco mais de chilli correndo no sangue? Não sei, mas me parece absurdo trocar carinhos e amassos... ou só carinhos... ou só amassos... enfim, me parece absurdo trocar “umazinha” por qualquer evento esportivo que não jogo do Brasil em Copa do Mundo. Se bem que nessa ocasião daria pra fazer um “Show do Intervalo” caprichado (rapidinho, mas com muita emoção)...

E depois não se sabe porque as mulheres andam pulando a cerca por aí e fazendo mais substituições que o permitido... “Ah, só quarta e domingo... se bem que agora com o Coringão na série B terça, sexta e sábado estão comprometidos... E nem é toda quinta que tem jogo da Libertadores mesmo...”. O que é isso, companheiros?! Ou talvez eu que seja o pervertido mesmo, haja vista que só foi o Fenômeno ir pro banco no futebol que já resolveu bater uma bolinha com o outro time.

E às mulheres só resta mesmo rezar a São Jorge ou a São Paulo pra que o Porco sentado no sofá em frente a TV pare de cantar de Galo e ponha a Cobra pra mexer na Periquita. Ou, quem sabe dar uma de peixe (piranha) e arrumar outros Jacarés pra mandar no lago... É isso ou ficar com a Macaca e se lançar aos Urubus.

Diante disso só me resta terminar com mais dois trocadilhos infames: os Europeus não estão com porra nenhuma mesmo... Que bola(s) fora...

*ás mulheres leitoras do blog: mascotes – S. Jorge (Corinthians), São Paulo (duuh), porco (palmeiras), galo (Atlético Mineiro), cobra (Santa Cruz), periquito (Gama), peixe (Santos), jacaré (Brasiliense), macaca (Ponte Preta), urubu (Flamengo).

segunda-feira, 28 de abril de 2008

E no banheiro...

Pra tudo nessa vida existe regras de comportamento. Pra ir a um restaurante chique ou a um boteco, a um casamento ou a uma festa de criança... Não ponha os cotovelos na mesa ou vão te achar sem modos. Fale “banheiro” ao invés de “toillet” ou vão te achar fresco. Fale “toillet” ao invés de “banheiro” ou vão te olhar torto. Enfim, é uma gama de regras que, sem perceber, a gente segue todos os dias.

Mas o mais engraçado é existir regras pra se ir a um banheiro público. Digo por nós, homens, porque não sei o que se passa no banheiro ao lado, mas a saga já começa na decodificação das placas dos banheiros: “Homens” e “Mulheres” cada vez mais perdem espaço para gravatas-borboletas, cachimbos, salto alto ou bolsas. E quando se tomas umas então... É... Melhor perguntar.

Mas voltando às regras de comportamento.

Regra número um: nada de papo. Banheiro masculino, em regra, é local onde deve prevalecer o silêncio. Mesmo os conhecidos preferem conversar do lado de fora. Nunca, mas nunca, pergunte as horas ou comente da comida com um desconhecido ali.

Regra número dois (“regra de ouro”): a escolha do mictório. Mantenha a distância de pelo menos um mictório do outro cara. Em hipótese alguma os mictórios A e B podem estar ocupados se o C, o D e o E estiverem vazios. Agora, se a regra de ouro não puder ser aplicada, não tem jeito, afinal, virar e sair pode ser demonstração de insegurança.

Regra número três: a mijada. Durante a mijada, movimentos rotatórios laterais do pescoço estão ter-mi-nan-te-men-te proibidos. Há três opções: ler o anúncio em frente, olhar o teto ou o próprio bilau tentando acertar com urina a aspirina, o buraco do ralo ou algum pentelho alheio que por lá tenha caído.

Agora, se ao entrar no banheiro todos os mictórios e cabines estiverem ocupados, siga a Regra 4: escolha uma das filas e mantenha distância de uns 3 passos. A parada do silêncio e dos movimentos cervicais ainda ta valendo.

O problema maior é se a vontade não for de fazer o número 1. Aí complica. A principal regra mesmo é se segurar e agüentar chegar em casa. Mas, se essa opção é impossível, vença o medo. Fique o tempo que agüentar perto do banheiro esperando um momento em que ele esvazie. “Bingo, o último cara saiu.”. Corra e se tranque na primeira cabine que encontrar. Agora é evitar cse tranque na primeira cabine que encontrar.eiro prrumar o cabelo em frente ao espelho. por la comida com um desconhecontato com toda e qualquer superfície, fazer força pra acelerar o processo e rezar pra não entrar ninguém. Se algum intruso resolver entrar você está preso na cabine até que ele saia.

Ao terminar, lavar as mãos e nem pensar em espremer uma espinha, tirar um cravo ou arrumar o cabelo em frente ao espelho. Sem essa. Lave a mão e saia enxugando na calça. O tempo dentro de um banheiro público deve ser o menor possível!

Viu?! Ir ao banheiro nem sempre é uma tarefa fácil. Por mais bobas e exageradas que possam ser as regras, segui-las é fundamental para manter a ordem, o respeito e a masculinidade.